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Análise – Onimusha: Warlords (2019)

Onimusha: Warlords saiu originalmente para PlayStation 2 em 2001, como uma série spin-off a Resident Evil. Tanto o é que é possível ver vários elementos (tanto de game design como jogabilidade) bastante familiares aos jogadores mais atentos. Mas ao contrário de Resident Evil, a série tem-se mantido adormecida desde 2006, quando foi lançado o último título da série, sendo que os jogos evoluíram muito desde então. Será este remaster uma boa oportunidade de reacender a chama dos fãs da série ou será o prego final do caixão onde o jogo se tem mantido por mais de uma década?

A Capcom liderou durante muito tempo o género Survival Horror, com a sua série Resident Evil, mais precisamente os finais dos anos 90 até meados dos anos 2000, e como fazer jogos era o “pão nosso de cada dia” da empresa, esta decidiu introduzir ainda mais uma série que explora o género duma forma muito diferente da altura, onde a jogabilidade é um pouco mais “solta” do que o costume e temos várias formas diferentes de derrotar os inimigos, com a mesma arma. E tal como aconteceu com a série Devil May Cry, estes protótipos de Resident Evil tornaram-se em marcos comerciais. Mas chega de histórias sobre o passado e debruçamo-nos sobre o futuro.

Esta nova versão de Onimusha: Warlords relembra quão bom foi ter passado pela era da PlayStation 2, onde não havia medo de experimentar coisas diferentes, mesmo que fossem falhanços comerciais. E na altura, Onimusha foi totalmente inovador, na sua forma de explorar um género “trancado em tanques” e movimentação limitada, que na sua forma básica fazia sentido: o jogador tem movimenta-se mal, temos inimigos relativamente fortes, mas na sua maioria lentos. Mas não foi isso que aconteceu com este título, e em 2019 consegues perceber-se a grande diferença. A jogabilidade foi refinada desde a sua última iteração, o que é de louvar, mas ainda existem problemas que não existiam com os tank controls, como é o facto da câmara não ajudar nada quando estamos em espaços de transição ou muito pequenos. mas anda que não dê para habituar. Além de que agora as armas podem ser alteradas sem ter que fazer aquela rotina  de “entrar no menu e escolher, mas afinal não era esta e era outra e agora vou ter que entrar no menu outra vez e fazer isto durante muito tempo cansa”, o que facilita muito. E quem não sentia falta dos puzzles num jogo de acção? Pois. Mas no geral, a jogabilidade foi a parte em que a Capcom brilhou nesta nova versão.

Já em termos visuais, a Capcom não se esforçou muito, e nota-se, gravemente. O jogo não envelheceu bem e isso é possível ver logo no início do jogo, onde as texturas não têm grande qualidade e tornam o jogo “lamacento e meio fosco”. Os modelos são também dos primeiros que foram feitos para a consola da Sony, o que em comparação com outros títulos que foram lançados quase no final de vida da mesma mostram a grande diferença a nível de modelos 3D. Em comparação com o Resident Evil Remake, que foi lançado um ano depois aproximadamente, a diferença é enorme. Mesmo hoje, o hoje tem um visual muito próprio e magnífico. O jogo deveria ter tido mais tempo para poder dar às novas gerações de jogadores um visual que desse vontade de jogar, sendo que cada vez mais se torna importante a componente visual num jogo.

A história é simples, mas consegue envolver o jogador facilmente. Muito basicamente, a personagem principal é Samanosuke Akechi, um samurai ao serviço da princesa Yuki, que pede ajuda através duma carta. Ao chegar ao local onde a princesa se encontrava, Akechi depara-se com vários demónios e o assassinato de vários guardas do castelo. A trama segue linhas básicas de história, com algumas personagens em mais destaque do que outras, mas nada que seja demasiado difícil de seguir. Associando o facto da história ter um tamanho decente ao facto do jogo agora ter uma jogabilidade “mais facilitada”, o jogo pode tornar-se muito mais fácil de acabar, e portanto durar menos tempo até completar. Na jogabilidade antiga, onde a micro-gestão das armas e itens era feita através do menu, o que acumulando retira muito tempo de jogabilidade. Agora, como podemos mudar as armas mais facilmente e a jogabilidade está um pouco mais fluída, já não existe esse empecilho.

Onimusha: Warlords é um bom jogo, que fez parte duma das melhores épocas de desenvolvimento de jogos, onde tínhamos pequenas ideias a acumularem milhões de fãs e milhões de vendas, sem ter medo de arriscar. A parte boa deste remaster é o facto de nos lembrar dessa altura, porque apesar de ter uma jogabilidade boa e uma história decente, deveria ter existido mais esforço por da Capcom, principalmente na parte visual, quando temos jogos como Shadow of The Colossus (2018) que têm a parte visual toda refeita de forma magnifica e que dá uma nova vida à série. O jogo é bom, mas após quase 20 anos, o preço de (re)lançamento é demasiado alto.

█ F.S.

ONIMUSHA: WARLORDS está disponível para a Nintendo Switch, PlayStation®4, Xbox One, e na STEAM® para o PC. Para mais informações, visita o website oficial.

Onimusha: Warlords saiu originalmente para PlayStation 2 em 2001, como uma série spin-off a Resident Evil. Tanto o é que é possível ver vários elementos (tanto de game design como jogabilidade) bastante familiares aos jogadores mais atentos. Mas ao contrário de Resident Evil, a série tem-se mantido adormecida desde 2006,…

Onimusha: Warlords

Jogabilidade - 80%
Gráficos - 70%
Som/Banda Sonora - 80%
Longevidade - 50%

70%

Mediano

Onimusha: Warlords é um bom jogo, que fez parte duma das melhores épocas de desenvolvimento de jogos, onde tínhamos pequenas ideias a acumularem milhões de fãs e milhões de vendas, sem ter medo de arriscar. A parte boa deste remaster é o facto de nos lembrar dessa altura, porque apesar de ter uma jogabilidade boa e uma história decente, deveria ter existido mais esforço por da Capcom, principalmente na parte visual, quando temos jogos como Shadow of The Colossus (2018) que têm a parte visual toda refeita de forma magnifica e que dá uma nova vida à série. O jogo é bom, mas após quase 20 anos, o preço de (re)lançamento é demasiado alto.

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Filipe Silva
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