Análise Horizon Zero Dawn Remastered

Aloy está de volta, com o seu título de estreia a receber uma nova roupagem, compatibilidade com as funções do Dualsense e algumas melhorias, chegando agora à PlayStation 5 e PC. Esta review não vai cobrir o jogo como um todo, ou seja, não vamos falar de história, nem das mecânicas que já conhecemos do jogo original para a PS4. Em vez disso, esta análise vai ser um complemento para a review que já foi feita por nós ao Horizon Zero Dawn, onde vamos abordar o que foi feito neste remaster e quais as principais diferenças e novidades, por isso a review original podem consultar aqui. Sendo que o jogo foi lançado tanto para PC como PS5, a versão que vamos analisar é a de PS5.

Não vou negar, quando abri o jogo e joguei os primeiros minutos eu fiquei de facto surpreendida. O jogo original é visualmente deslumbrante e apresenta gráficos incríveis. No entanto, com o passar dos anos, a evolução da tecnologia torna natural que algo que antes nos parecia extraordinário possa, em retrospetiva, mostrar-se passível de melhorias. Assim, a possibilidade de uma versão com gráficos atualizados surge como uma prova de que realmente podemos precisar de um remaster sem termos noção disso. Isto porque quando vi as primeiras imagens de cutscene deste remaster, a minha primeira reação foi um sonoro “WOW”, porque de facto não esperava que fosse possível uma diferença tão grande a nível visual. E de facto pensei que possivelmente seria algo que se notaria mais nas cutscenes e depois se perdia um pouco na gameplay em si, mas ainda bem que estava errada, porque até mesmo durante os momentos de gameplay os visuais estão ainda mais brilhantes do que no jogo original. É de facto um deleite visual por vários aspetos.

A iluminação tem um papel muito importante em todas estas melhorias visuais, isto porque toda a iluminação foi refeita de raiz por artistas especificamente especializados em iluminação, e é perfeitamente notável durante a gameplay a forma como a iluminação é mais realista, dá uma melhor noção dos elementos do ambiente e do jogo, e entrega uma experiência muito melhor de toda a gameplay.

Tudo o que são modelos de personagens e máquinas foram completamente melhorados também. O primeiro momento em que notamos é logo na cutscene inicial, com Rost, que ficou muito mas muito mais bonito e detalhado, Aloy também teve uma melhoria estonteante, ficando mais próxima do que vimos em Forbidden West. Não só melhoraram a estrutura dos personagens, como os detalhes em questões como a pele, os olhos e até os cabelos, bem como a forma como a iluminação afeta as feições dos personagens ao estar em contacto com determinados postos do rosto. Além disso, as animações também foram melhoradas, incluindo nos NPC’s, algo que se nota principalmente durante os diálogos com este tipo de personagem.

Mas não foram só os modelos dos personagens, também os objetos, materiais e assets do jogo em geral foram todos melhorados, estando agora com muito mais detalhe. E não é um detalhe que passe desapercebido, é notável durante a gameplay, e ainda mais perceptível se fizermos zoom no modo fotografia. Sejam as folhagens, seja as pedras e terrenos no chão, seja a água, seja a neve, tudo neste jogo recebeu um detalhe tal que pessoalmente me surpreendeu de forma positiva.

E falando em água, a física da água, os reflexos, as gotas, tudo está muito mais realista, detalhado e mais perfeito. O sistema de partículas em si está também ele muito mais perfeito, o que é visível por exemplo na neve, que agora é muito mais realista, principalmente na forma como interage com elementos do ambiente e com os próprios modelos dos personagens.

Tal como já é habitual em jogos de PS5, temos diferentes modos gráficos, o de fidelidade e o de performance. Mas podemos escolher se queremos 30fps, 40fps ou 60fps, o que vai fazer diferentes combinações entre performance superior e resolução superior. O modo performance, como seria de esperar, está pensado para uma resolução de 1080p, mas com mais FPS e mais fluidez, já o modo de resolução, aponta para 4k 30fps. No fundo a diferença entre todos estes modos não é assim tão grande a nível visual, e pessoalmente senti que o modo performance estava perfeito, mesmo com uma suposta resolução inferior, sendo que jogo num monitor 1080p talvez tenha sido essa a questão.

Ter estado na mesma sala que o Lead Artist dos jogos Horizon, e assistido à sua palestra onde explicou de que forma a Guerrilla evoluiu na forma como construiu e moldou todos os assets do jogo, como fabricou e esculpiu os detalhes, as técnicas que utilizou e como pensou, depois de vermos planos aproximados dos detalhes das roupas e de outros elementos, fiquei ainda mais impressionada ao ver como isso foi de facto aplicado em jogo. Claro que durante a palestra no DevGamm Lisboa, aquilo que nos foi mostrado foi a evolução entre o Horizon Zero Dawn e o Horizon Forbidden West, mas facilmente dá para aplicar de que forma essas mudanças na forma de trabalhar deram frutos neste remaster. Até porque alguns novos sistemas criados para Forbidden West como o Nubis, que serve para as nunvens, foram aplicados agora neste remaster.

É importante também referir que sendo este um remaster, podemos importar a nossa save do jogo original e continuar o progresso, o que seria uma excelente oportunidade para se jogar um New Game + para quem não o fez ou correr atrás da platina.

Horizon Zero Dawn Remastered é de facto uma surpresa, onde os jogadores vão poder voltar a jogar este título e receber uma experiência completamente nova, ou então para novos jogadores começarem logo em grande com esta versão incrível do jogo. E sendo que fazer o upgrade da versão original para esta edição custa apenas 10€, acho que é a oportunidade perfeita para os veteranos deste título.

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Nicole Concha

Jogo todo o tipo de jogos e sou uma complete addict de gaming em geral, mas aqueles géneros que mais me cativam são os stealth, FPS e ação/aventura. Entre jogatinas sou também YouTuber e estudante de música.

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