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Análise – Sand Land

Sand Land é uma adaptação open world do trabalho de Akira Toriyama. O jogo passa-se num mundo pós-apocalíptico onde demónios e humanos coexistem, lutando contra governos corruptos. Sand Land, uma manga escrito por Toriyama e que começou a sua publicação no ano 2000, passa-se num mundo desértico onde a água é escassa e bandidos, um pouco do estilo Mad Max, deambulam pelas terras devastadas. Valerá a pena jogar este título mais obscuro do trabalho de Akira Toriyama?

Se são fãs de Akira Toriyama, criador de Dragon Ball, então esta análise nem vale a pena ler. Joguem Sand Land. Podem fechar o artigo e ir jogar.

Para o resto dos leitores, é preciso salientar que Akira Toriyama influenciou-me muito no meu estilo visual e de como acompanho séries, mangas e animes. O seu estilo artístico distinto, que tentei reproduzir durante toda a minha adolescência, e que foi trazido à vida em videojogos como Dragon Quest e Chrono Trigger, confere-lhes um encanto que a maioria dos RPGs não possui. Embora os personagens de anime tradicionais sejam agradáveis, há algo especial numa personagem desenhada por Akira Toriyama. Apesar dos demónios serem significativamente mais fortes do que os humanos, Sand Land não é uma história de acção com super poderes ou “power levels”. A personagem principal, Beelzebub, é o Príncipe Demónio, filho de um Rei Demónio que tem uma semelhança impressionante com Dabura de Dragon Ball.

O estilo característico de Toriyama é evidente em Sand Land, estendendo-se além da arte para elementos como a moeda Zeni e a tecnologia avançada de cápsulas, ambas referências da série Dragon Ball. Personagens como Rao, um xerife humano experiente de 61 anos com um passado misterioso, provam ser tão eficazes tanto em exploração como em combate quanto Beelzebub. Isto deve-se em grande parte ao facto de grande parte de Sand Land ser jogada a partir de um veículo. A história de Sand Land conta algumas cenas boas. Existe aqui uma tentativa e esforço investido para fazer uma adaptação fiel, tanto em termos de apresentação quanto de tom. No entanto, a narrativa nem sempre é tão boa quanto podia ser, e durante a jogabilidade consegue ser repetitiva, principalmente quando interagimos com as personagens.

Sand Land começa com um simples tanque, mas rapidamente introduz o Jump Bot, um veículo com um uso específico, entre outros veículos, cada um com as suas próprias vantagens. As motos oferecem velocidade, mas não podem transportar artilharia pesada, enquanto a Armadura de Batalha é mais lenta, mas mais robusta. Cada tipo de veículo é introduzido com um tutorial, e a troca entre eles é tão fácil quanto usar um menu radial. Os veículos simplificam muitos dos encontros de combate. Se o tanque estiver equipado com mísseis de longo alcance, muitas vezes consegue-se derrotar o inimigo muito antes que eles consigam chegar perto o suficiente para retaliar. Existem alguns encontros de combate a pé para Beelzebub, mas estes parecem menos polidos e parecem ter sido uma decisão tardia ou simplesmente deixada para o fim

Na verdade, as secções a pé como Príncipe Beelzebub parecem menos refinadas do que as secções de veículos. Estas incluem secções de plataformas, secções de furtividade obrigatórias, encontros de combate e vários ambientes longos, repetitivos e semelhantes a masmorras. Quando estamos a atravessar as terras devastadas e arenosas, a combater monstros e a completar missões secundárias, Sand Land é agradável. Não inova, mas o combate de veículos é divertido. Os problemas surgem quando estamos fora do tanque ou a conversar com NPCs para avançar nas missões. Sand Land não é um jogo com duas metades, mas às vezes parece. O progresso pode às vezes parecer dolorosamente lento, mas noutros momentos, estamos alegremente a lançar foguetes a dinossauros ou inimigos por entre as dunas do deserto.

Apesar de seu cenário pós-apocalíptico, Sand Land tem um visual bonito e engraçado, principalmente pela sua representação em 3D, por vezes dando a sensação que saíram das páginas. Os gráficos do jogo são detalhados e coloridos, criando um mundo vibrante e imersivo para os jogadores explorarem. É claro que muito desta qualidade provém do estilo visual de Toriyama, mas ainda assim o visual é coerente com o tipo de universo em questão.

Em termos de design de som, temos alta qualidade, seja pelos efeitos do jogo, seja pela banda sonora, ou até pela representação de cada personagem que interage connosco, que no final aprimoram a experiência de jogo. O jogo tem mais longevidade do que estava a prever ter, e consegue ter alguma variedade e prolongar a nossa jogabilidade, ainda que se torne algo repetitivo a partir de certo ponto. Ainda assim, não é o RPG mais repetitivo que joguei, e isso é algo a ter em conta.

Sand Land tem vários problemas e não é, de todo, um jogo obrigatório, mas vale a pena jogar caso sejam fãs da série Sand Land, se gostam de combate de veículos ou de uma história clássica escrita por uma lenda dos mangas/animes. Se encontrarem Sand Land a baixo preço, é um compra bem justificada. Caso contrário, apenas é obrigatório para fãs da série ou de Akira Toriyama.

SAND LAND está disponível para a PlayStation®4 e PlayStation®5, Xbox Series X|S e no PC via STEAM®. Para mais informações, visita o website oficial.

Sand Land é uma adaptação open world do trabalho de Akira Toriyama. O jogo passa-se num mundo pós-apocalíptico onde demónios e humanos coexistem, lutando contra governos corruptos. Sand Land, uma manga escrito por Toriyama e que começou a sua publicação no ano 2000, passa-se num mundo desértico onde a água…

Sand Land (PlayStation 5)

História - 65%
Jogabilidade - 75%
Gráficos - 70%
Som / Banda Sonora - 85%
Longevidade - 80%

75%

Bom

Sand Land tem vários problemas e não é, de todo, um jogo obrigatório, mas vale a pena jogar caso sejam fãs da série Sand Land, se gostam de combate de veículos ou de uma história clássica escrita por uma lenda dos mangas/animes. Se encontrarem Sand Land a baixo preço, é um compra bem justificada. Caso contrário, apenas é obrigatório para fãs da série ou de Akira Toriyama.

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Filipe Silva
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