O mundo do Basebol está de volta às consolas e PC com MLB The Show 24, produzido pelo Sony San Diego Studio, que faz parte dos PlayStation Studios.
Basebol é um desporto que nunca me atraiu, apesar de ter tentado dar uma chance com MLB The Show 23. Provavelmente foi uma péssima forma de primeiro contacto com este desporto tendo em conta que esse foi o pior título da franquia MLB.
Muitas coisas em MLB The Show 24 têm a “fórmula FIFA” enraizada, mesmo não tendo sido desenvolvido pela mesma produtora. De certa forma, este jogo distancia-se e destaca-se dos restantes jogos de desporto, talvez devido à forma como o próprio estúdio o produziu.
E não, eu não percebia nada de basebol quando peguei em MLB The Show 23, e continuei sem perceber depois de o jogar, tanto que rapidamente o desinstalei, mas MLB The Show 24 mudou tudo. Não precisei de fazer uma pesquisa extensiva no Google nem de ver tutoriais, apenas com o jogar o próprio jogo, nos diversos modos e seguir as instruções do que fazer, fui aprendendo de forma natural e intuitiva como funciona este desporto. Não tardou muito até entender as regras, a forma como se joga e até as próprias mecânicas de gameplay.
E a jogabilidade é de facto interessante, porque consegue ajudar e agradar a jogadores novatos, mas também tem tudo para se tornar desafiante para os experts. Isto porque além de várias opções de controlos para como batemos a bola ou como fazemos os pitches podem tornar a gameplay mais fácil ou mais difícil, ou pelo menos mais ajustada a cada jogador. Não só isso, como a própria dificuldade do jogo pode ser ajustada à medida de cada um. Além dos tracionais modos de dificuldade, temos ainda a dificuldade dinâmica, que se vai ajustando em tempo real à forma como nós estamos a jogar para dar sempre um desafio ajustado às nossas skills.
Como sempre, as skills dos próprios atletas afetam a gameplay, visto que fazer um pitch com um atleta que tenha overall de 60 nunca será o mesmo que um atleta com overall de 99. Esta diferença é ainda mais sentida no Diamond Dynasty, por ser o modo mais competitivo do jogo.
O Diamond Dynasty é o equivalente ao Ultimate Team do EA Sports FC 24, que já existia noutras edições do jogo, mas que foi agora melhorada e tornada muito mais equilibrada, principalmente por melhorarem o sistema de seasons e as cartas que ficam disponíveis apenas durante uma temporada. E a melhor parte é que podemos criar uma equipa de raiz, com nome, logo, e equipamentos personalizados à nossa medida (que foi onde improvisei uma versão basebol do Sporting, pelo menos tentei).
E o Road to the Show, o modo de carreira onde podemos criar um jogador de raiz, à nossa medida. Esta criação de personagem tem ainda uma opção para torná-la ainda mais parecida com a nossa própria cara, com a opção de fazer scan à nossa cara na App do jogo.
Podemos escolher em que preferimos especializarmos e vamos tendo várias opções de diálogo e decisões a tomar que vão afetar a nossa carreira. Conversas com agentes, treinadores, respostas em entrevistas, tudo isso pode ser controlado por nós, bem como jogar os jogos e treinos que estiverem na agenda. Se escolhermos uma carreira feminina, podemos acompanhar a história da primeira mulher a participar no draft de uma equipa da MLB e ser escolhida. Estes elementos das conversas e da história feminina são absolutamente novas na franquia e trouxeram uma nova abordagem a este modo de jogo.
Já no Storylines podemos acompanhar a história de lendas do basebol, com vídeos estilo documentário complementados com a possibilidade de jogar recriações de momentos chave de cada atleta, e o grande foco está nas Negro Leagues.
No Franchise podemos gerir uma equipa à nossa escolha, desde gestão de atletas, planos de jogo, e jogar os próprios jogos.
Existem outros modos de jogo, como o clássico Exhibition e o March to October, que também vale a pena serem visitados.
Passando para questões mais técnicas, os gráficos e visuais de MLB The Show 24 desiludem um pouco, principalmente nas caras das personagens que são ainda mais visíveis no Road to the Show. O jogo tem um aspeto bom em geral durante as partidas em si, mas a câmara se aproxima da cara dos jogadores, esse bom aspeto já não se mantém.
Quanto a banda sonora, tal como nos típicos jogos de desporto temos uma playlist de músicas conhecidas e não uma banda sonora feita de raiz, mas tenho de destacar o trabalho feito em termos de design de áudio. O design de áudio em si está muito bom e é complementado com os efeitos sonoros no Dualsense e as features de feedback háptico.
MLB The Show 24 não é um reinventar da franquia, mas também não é exatamente igual aos antecessores. As novidades na gameplay, as melhorias e as novas introduções nos diversos modos de jogo, trouxeram algum fator novidade a um jogo que se mantém na mesma fórmula dos jogos anteriores e de jogos de desporto em geral. Os gráficos deixam muito a desejar e poderiam de facto ser bem melhores do que aquilo que nos é apresentado.
MLB The Show 24 (PS5)
Jogabilidade - 90%
Gráficos - 67%
Som/Banda Sonora - 80%
Longevidade - 81%
80%
Muito Bom
MLB The Show 24 não é um reinventar da franquia, mas também não é exatamente igual aos antecessores. As novidades na gameplay, as melhorias e as novas introduções nos diversos modos de jogo, trouxeram algum fator novidade a um jogo que se mantém na mesma fórmula dos jogos anteriores e de jogos de desporto em geral. Os gráficos deixam muito a desejar e poderiam de facto ser bem melhores do que aquilo que nos é apresentado.
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