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Análise – Fort Solis

Fort Solis é o novo jogo de aventura e terror dos estúdios Fallen Leaf e Black Drakkar Games, sendo este o primeiro lançamento dos estúdios polacos. Para quem não é fã de jogos focados em história, como Detroit Become Human ou Heavy Rain da Quantic Dream, ou de jogos com um ritmo mais lento, como Death Stranding da Kojima Productions, este jogo não é para vocês.

A narrativa de Fort Solis decorre no planeta Marte no ano 2080, onde os seres humanos começaram a terraformar o planeta vermelho. Os jogadores vestem a pele de Jack Leary, que juntamente com a sua colega Jessica Appleton, respondem a um alarme de emergência vindo de Fort Solis, uma estação próxima de onde a dupla trabalha. Jack e Jessica têm de investigar o local para descobrir o que está a acontecer e resolver o mistério de Fort Solis.

A jogabilidade de Fort Solis é basicamente a de um drama interativo, onde percorremos um caminho essencialmente linear, com interações e ações muito reduzidas, e onde apenas podemos caminhar de forma muito lenta. Neste caso, temos um mapa para explorar, que vai desbloqueando zonas de forma linear, e que exceto algumas zonas, podemos voltar para trás e explorar livremente cada uma das secções, de forma a encontrar mais pistas e colecionáveis. Grande parte da narrativa do jogo é contada através dos ficheiros de vídeo, áudio e mensagens que vamos encontrando ao longo jogo, sendo que muitos destes ficheiros nos podem escapar por completo. Estes ficheiros são encontrados em computadores e pequenos chips que podem ser descarregados para o nosso dispositivo de pulso, onde podemos consultar não só esses ficheiros, como também o mapa de Fort Solis.

A exploração em Fort Solis acaba por ser um pouco penosa para alguns jogadores, testando a paciência dos mesmos com uma caminhada lenta ao longo de todo o jogo. Não existe qualquer opção para correr ou passo rápido, e as únicas ações possíveis além de andar estão relacionadas com clicar no “X” quando o prompt aparece para interagir com determinado algum objeto e consultar o mapa e ficheiros. Ou seja, pode dizer-se que Fort Solis é um verdadeiro Walking Simulator. Não existem opções de diálogo, raros são os puzzles que surgem e pouca é a ação que retiramos deste título. Existem também alguns momentos com QTE (quick time events), que é quando surge um prompt para carregar num botão ou conjunto de botões durante um tempo limite. A forma como o design dos prompts está feito e é colocado no ecrã, faz com que estes sejam pouco evidentes e pouco percetíveis na grande maioria das vezes, situação que se torna pior com o curto espaço de tempo que temos para clicar nos mesmos. Claro que isso também não é muito relevante, porque acertando ou falhando os QTE, na grande maioria das vezes não surte qualquer efeito no desfecho da sequência, salvo numa única situação que nos leva a um final alternativo.

Os visuais em geral parecem polidos, mas se formos ver detalhes, principalmente rostos, a situação deixa de ser tão favorável. Mesmo no modo que privilegia os gráficos, os visuais não ficam tão surpreendentes assim, mas a performance cai de forma abruta, com quebras de FPS constantes. O mini mapa que temos no nosso dispositivo de pulso faz jus ao nome, sendo que é tão pequeno que mesmo com a cara colada ao ecrã e o zoom no máximo, se torna difícil ler o que está escrito.

Fort Solis apresenta uma abordagem interessante ao género de drama interativo. A lentidão das personagens mancha a qualidade do conceito, os gráficos bonitos ficam também eles manchados com a falta de detalhe e animações pouco trabalhadas, sendo que as poucas ações disponíveis e a curta duração do jogo são a machadada final para deitar por terra esta viagem espacial.

Fort Solis é o novo jogo de aventura e terror dos estúdios Fallen Leaf e Black Drakkar Games, sendo este o primeiro lançamento dos estúdios polacos. Para quem não é fã de jogos focados em história, como Detroit Become Human ou Heavy Rain da Quantic Dream, ou de jogos com…

Fort Solis (PS5)

História - 75%
Jogabilidade - 30%
Gráficos - 60%
Som/Banda Sonora - 60%
Longevidade - 40%

53%

Pouco Razoável

Fort Solis apresenta uma abordagem interessante ao género de drama interativo. A lentidão das personagens mancha a qualidade do conceito, os gráficos bonitos ficam também eles manchados com a falta de detalhe e animações pouco trabalhadas, sendo que as poucas ações disponíveis e a curta duração do jogo são a machadada final para deitar por terra esta viagem espacial.

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Nicole Concha
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