Durante o evento da PlayStation Portugal dedicado ao lançamento do PlayStation VR2 e à celebração do universo PlayStation 5, tivemos a possibilidade de experimentar o PSVR2, com os jogos Moss Book II e Horizon Call of the Mountain.
O dispositivo
O salto entre o PSVR2 e o primeiro dispositivo de realidade da PlayStation é gigantesco, e as diferenças são notórias em praticamente todos os detalhes do dispositivo. Começando logo pelos cabos, agora temos apenas um cabo que liga diretamente à consola através de uma porta USB-C, quando com o PSVR1 era necessário uma unidade de processamento e 5 cabos ao total para podermos começar a jogar. A facilidade de montagem certamente motiva muito mais os jogadores a pegarem no dispositivo para disfrutarem do mundo da realidade virtual. Além disso para que o headset fosse reconhecido, era ainda necessária uma PlayStation Camera, que agora já não é necessária de todo. A forma como ajustamos o dispositivo aos nossos olhos e cabeça é também mais prático e eficiente.
A qualidade do ecrã e das lentes é algo que não poderia deixar de ser mencionado, visto que a diferença de nitidez leva a uma imersão sem igual. O facto do ecrã ser OLED e de cada olho contar com uma resolução de 2000 x 2040, ao contrário dos 960 x 1,080 do primeiro modelo, e contar ainda com HDR e um maior campo de visão, são pontos que reforçam ainda mais esta questão da nitidez e da imersão. Claro que com o dispositivo a ser pensado para a PlayStation 5, a qualidade gráfica é naturalmente superior, e é surpreendente o quanto esta nova tecnologia permite se aproximar mais dos gráficos da atual geração que o dispositivo anterior, onde se notava uma clara dificuldade em acompanhar a qualidade gráfica.
Enquanto pessoa que costuma enjoar a jogar VR, a clássica motion sickness, e que por vezes preciso de uma ventoinha para poder não enjoar, posso dizer que durante esta experiência não senti qualquer tipo de enjoo ou desconforto. Parte disso, acredito que esteja associado à tecnologia de Eye Tracking que permite que a imagem acompanhe melhor o movimento dos nossos olhos, não criando esse desconforto nem enjoo do motion sickness.
Algo que me surpreendeu também foi o facto dos óculos terem vibração, que apoia mais uma vez a imersão no mundo VR. Por fim ainda nos óculos, um detalhe extremamente positivo chamou-me à atenção, que é o facto de existir um botão para sairmos da realidade virtual, e onde podemos ver tudo o que está à nossa volta sem termos de retirar o dispositivo da cabeça. Isto é possível com as câmaras que estão incorporadas na frente do dispositivo.
Os Comandos
Os comandos move, cuja tecnologia já vinha da PlayStation 3, já davam sinais de limitação em termos de controlos, que em alguns casos tiveram de ser contornados com outros comandos como por exemplo o VR Aim. Agora com os novos comandos tudo mudou, e este é de facto um ponto de viragem para os dispositivos de realidade virtual da Sony.
Os PlayStation VR2 Sense contam com tecnologia de ponta para nos permitir viver este mundo da realidade virtual como se fosse com as nossas próprias mãos. O feedback háptico é algo que já não conseguimos abdicar a partir do momento em que colocamos as mãos no dualsense, por isso os PSVR2 Sense contarem com esta tecnologia é extremamente importante. O design, além de ter um aspeto “futurista” está pensado para todo o processo de deteção da posição dos dedos. Neste caso, o comando consegue perceber quantos dedos e quais temos levantados ou baixados, o que leva a todo um novo nível de utilização dos mesmos. Já imaginaram uma versão VR do PS Home com estas funcionalidades?
Por fim, finalmente termos os analógicos nos controlos é algo essencial e que se sentia muita falta nos comandos move, ter todos os botões disponíveis e distribuídos de forma a termos um maio conforto a jogar, também torna esta aposta da Sony ainda mais poderosa.
Moss Book 2
O Moss Book 2 foi o primeiro jogo que testámos neste novo dispositivo de realidade virtual. Acaba por ser um excelente ponto de comparação, tendo em conta que o jogo saiu também para o PSVR 1. As diferenças são claras a nível gráfico de resolução, a praticidade dos novos comandos e a vibração dos óculos é algo que também conseguimos destacar desta experiência, que se diferencia da versão de PSVR 1.
Horizon Call of the Mountain
O Horizon Call of the Mountain foi definitivamente a experiência que me fez dizer “definitivamente quero um PSVR2 o mais rápido possível”. Sendo ou não fãs da franquia, este jogo vai além de todas as experiências que já tive em jogos de realidade virtual. Não só pelos incríveis gráficos que apresenta, mas também pela forma como o jogo está construído e pela forma como ele nos faz ficar completamente fundidos com o universo virtual.
Os controlos são um grande ponto de alavancagem para esta sensação, visto que são tão naturais que sentimos que os comandos acabam por ser uma extensão do nosso corpo. Comecei a sentir logo isso no início onde tinha que dar braçadas para poder nadar, e depois toda a parte de escalada, de colocar as mãos e fazer força para levantar o peso do nosso próprio corpo no jogo, foi uma sensação inexplicável que definitivamente quero repetir. Foi ainda possível experimentar o arco e flecha, que adoro manusear na vida real, e que aqui se sente de forma tão natural quando jogamos com ele, que fez a adrenalina desse desporto transcender entre o virtual e o real.
Vamos querer jogar mais
Certamente experimentar o PSVR2 fez com que a nossa vontade de poder ter o dispositivo, e experienciar tudo aquilo que tem para oferecer, aumentasse significativamente. Claro que o preço (599,99€) é um pouco salgado, por isso provavelmente a compra terá de ser adiada até sentirmos que o preço é mais simpático para as nossas carteiras, mas certamente que ficou comprovado que é uma experiência única e que a qualidade do dispositivo e dos jogos se provaram merecedores de estarem presentes no nosso setup gaming.
Opinião em vídeo com vídeos da gameplay:
- Análise LEGO Horizon Adventures - Novembro 13, 2024
- Exophobia – Um tributo nacional às origens dos FPS - Novembro 5, 2024
- Análise Until Dawn Remake - Novembro 5, 2024
[…] Depois da nossa primeira experiência com o PlayStation VR2 durante o seu evento de lançamento, voltámos agora a experimentar com mais calma o dispositivo de realidade virtual da Sony, a convite da PlayStation Portugal. A primeira experiência foi sem dúvida incrível, mas voltar a jogar com mais tempo só aumentou a positividade do meu feedback perante este novo dispositivo. Na primeira experiência, joguei Moss Book II e Horizon Call of The Mountain, este segundo sendo provavelmente o jogo que mais queria experimentar no dispositivo. Nesta segunda vez a jogar no PSVR2 decidi testar o Star Wars: Tales from the Galaxy’s Edge e perdi-me completamente na imersão da gameplay deste jogo! […]