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Análise – Slipstream

Têm saudades dos dias de Outrun, mas gostavam de ter a possibilidade de ter novos mapas, a possibilidade de reverter aquele deslize que correu mal, e isto tudo a uma velocidade estonteante? Então Slipstream pode ser a resposta às vossas preces.

Slipstream evoca as sensações dos jogos dos anos 80, mas com a velocidade levada ao extremo, tal como imaginávamos que seria quando jogávamos jogos como Outrun, Rad Racer, entre outros, que eram o pico de velocidade, na altura em que saíram. A diferença é que a promessa de alta velocidade é realmente cumprida. De notar que Slipstream tem cerca de 30 anos de inspiração, inovação e evolução sobre os demais, juntamente com o objectivo de mexer no mercado nacional do criador, Sandro “ansdor” De Paula, o que ajuda imenso a tornar o jogo ainda mais entusiasmante, mas isso não significa que seja apenas uma cópia descarada. A jogabilidade é altamente viciante e assim que apanharem o jeito, fica extremamente fácil e divertido passar à frente dos adversários. Mas caso não tenham atenção à estrada à vossa frente e embarrem numa parede, não há problema! Podemos sempre reverter as nossa acções e tentar melhorar a nossa performance até 5 segundos antes daquele exacto momento.

Temos também a possibilidade de ganhar ímpeto através de slipstream, efeito real e mecânica utilizada em vários jogos desde Gran Turismo até ao Mario Kart, e que podemos utilizar para ultrapassar os nosso adversários; podemos também utilizar o drift e derrotar aquelas curvas extremamente complicadas de ultrapassar de forma normal ou simplesmente varrer os nossos adversários da pista. Fora pequenas alterações de qualidade de vida no jogo, em relação aos títulos antigos em que o jogo é inspirado, não existe muito mais, e isso pode ser visto como um ponto negativo. No entanto, penso que seja a simplicidade de Slipstream que joga muito a favor do título: o que faz, faz extremamente bem e é divertido. E num jogo, não se pode pedir muito mais do que isto.

Os gráficos do jogo são muito reminiscentes da época anteriormente referida, em que as cores vibrantes dos carros, o som dos motores, os mapas altamente ecléticos e a banda sonora bem distinta fazem parte do cardápio. Slipstream tem imensas referências, não só a jogos de corridas, como outros tipos de entretenimento relativos a corridas, como Initial D, sendo inspiração não só em personagens, como também no visual dos carros, que faz lembrar o mítico AE86 ou até outros carros da época. Também como acontecias nos jogos referidos anteriormente, o aspecto visual não foge muito à inspiração, trazendo mais variedade nos tipos de locais e a possibilidade de andar em qualquer pista nos dois sentidos. Existem também vários filtros que simulam os vários aspectos da época em que o jogo tenta relembrar. É claro, sendo que na última década o vaporwave ganhou imenso destaque, é impossível ficar indiferente às várias inspirações do jogo, tanto a nível visual como a nível sonoro.

E já que estamos neste tópico, a banda sonora do jogo está fantástica. Evocando o som típico e associado a este tipo de jogo nos anos 80, a banda sonora tem uma variedade de tipos de temas muito grande, tendo em conta o tamanho do jogo: temos temas mais calmos e relaxantes, temos temas mais energéticos e por vezes até mais obscuros. É claramente um dos pontos fortes do jogo, pois torna a experiência ainda mais agradável. Já os efeitos sonoros, conseguem ser monótonos e se tentarem jogar sem música, consegue ser um pouco entediante e até por vezes irritante, pois o som que mais vão ouvir durante a jogabilidade serão os pneus a chiar no chão ou o motor do vosso carro. De resto, o jogo apresenta-se muito sem barulhos. O que não é um problema em si, visto que para ter a experiência total convém ter a banda sonora ao mesmo tempo, mas fica a nota para aqueles que gostam de ouvir os “carros a rosnar”.

O jogo tem também vários modos de jogo, sendo que é possível jogar com um ou até quatro jogadores, e temos também vários tipos de corrida, desde a corrida comum entre adversários, passando pelo Grand Tour, corrida contra o tempo ou até uma das taças a desbloquear, o que não falta aqui é oportunidade de dominar o mundo de quatro rodas. Especial atenção para o modo Grand Prix, temos a possibilidade de ganhar dinheiro consoante a nossa posição na corrida anterior e a possibilidade de o gastar, melhorando vários aspectos do nosso carro, em termos de performance. Temos também modos mais competitivos, como Battle Royale e Cannonball.

Aqui, o modo que mais se assemelha dum modo história será o modo Grand Tour, onde podemos defrontar vários condutores importantes no mundo de Slipstream, com os habituais ataques e conversa fiada dos condutores arrogantes que são ultrapassados pelo jogador. No geral, têm jogo para muito tempo, e isto tudo sem falar no modo multiplayer, que é sempre uma das razões pelas quais os jogos de corridas nunca morrem realmente, porque podemos sempre juntarmos uns amigos e temos uma sessão de corridas bem passada.

Feitas as contas e somando os pontos todos, Slipstream é um jogo de carros que para além de cativar pelo seu aspecto, muito facilmente vai cativar pela sua jogabilidade. Apesar de poder parecer que apela muito à nostalgia, e fá-lo muito bem, é um jogo mais que competente para divertir qualquer fã de carros, retro ou mais moderno. Associando isso ao facto de ter um visual reminiscente das suas inspirações, mas ainda assim original, e à banda sonora fantástica, temos aqui um pequeno diamante. E pelo preço de entrada, é mais que justificativo para um fã de carros ou velocidade.

█ F.S.

Análise – Slipstream

SLIPSTREAM está disponível para a Nintendo Switch, PlayStation®4|5, Xbox One e Xbox Series X|S e no PC via GOG.com, STEAM®. Para mais informações, visita o website oficial.

Têm saudades dos dias de Outrun, mas gostavam de ter a possibilidade de ter novos mapas, a possibilidade de reverter aquele deslize que correu mal, e isto tudo a uma velocidade estonteante? Então Slipstream pode ser a resposta às vossas preces. https://youtu.be/4QcfYvKW0P8 Slipstream evoca as sensações dos jogos dos anos…

Slipstream (PlayStation 4)

Jogabilidade - 95%
Gráficos - 90%
Som / Banda Sonora - 85%
Longevidade - 80%

88%

Muito Bom

Feitas as contas e somando os pontos todos, Slipstream é um jogo de carros que para além de cativar pelo seu aspecto, muito facilmente vai cativar pela sua jogabilidade. Apesar de poder parecer que apela muito à nostalgia, e fá-lo muito bem, é um jogo mais que competente para divertir qualquer fã de carros, retro ou mais moderno. Associando isso ao facto de ter um visual reminiscente das suas inspirações, mas ainda assim original, e à banda sonora fantástica, temos aqui um pequeno diamante. E pelo preço de entrada, é mais que justificativo para um fã de carros ou velocidade.

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Filipe Silva
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