Quando há 10 anos atrás me disseram que este jogo não era para mim eu pensei “vocês estão errados, este jogo é mesmo para mim!” O que é certo é que Demon’s Souls passou a ser um dos meus jogos preferidos, para uma pessoa que não ligava nada a RPGS nem a jogos difíceis. Joguei o original em 2011, fiz Platina na versão EU e US e depois joguei toda saga de Souls, exceto Sekiro. Demon’s Souls sempre foi o meu preferido da saga e quando o anunciaram para a PS5 fiquei contente porque foi um jogo que passou ao lado de imensa gente e merecia mesmo um remake.
O jogo não é tão difícil como parece, confesso que no original tive imensas dificuldades porque era novidade, mas claro que ao longo dos anos jogar toda saga ajudou a que eu ficasse com mais experiência nesta saga. Este remake está soberbo, o jogo é fluído e jogar a 60 fps ajuda imenso, a jogabilidade está no ponto mesmo. Quase tudo o que está no original está cá, até a maldita Pure Bladestone que neste aqui está mais fácil de dropar.
Fazer parry agora parece mais fácil, mas apenas porque o jogo assim o permite (dá imenso jeito em alguns inimigos). Em inimigos mais lentos o que funciona melhor é o backstab. Quem quiser uma abordagem à base de magia também pode optar por isso, o jogo permite a escolha da classe que mais gostarem. Por exemplo, no original eu usei um Magician mas neste remake preferi usar Soldier.
Demon’s Souls é um jogo mais linear, não tão aberto como Dark Souls. O jogo está dividido por mundos e são sempre seguidos, o que facilita um pouco a compreensão deste belo mundo. Depois de se terminar o primeiro nível, neste caso o 1-1, todos os outros mundos ou Archstones ficam abertos e podemos faze-los na ordem que quisermos. Existem 5 mundos no jogo e cada mundo está dividido por níveis, por exemplo 1-1, 1-2, 1-3 ou 3-1, 3-2, 3-3… Cada nível tem um boss e cada mundo tem um boss desse mundo. O objetivo é só um, derrotar todos os bosses!
Como muita gente sabe, nos jogos de Souls quando se morre voltamos sempre ao último bonfire. No caso de Demon’s Souls não funciona assim. Quando se morre volta-se ao início. Mas não pensem que é assim tão complicado porque em vários níveis existem atalhos que se vão abrindo para depois ser mais fácil e rápido chegar ao boss caso algo de mal aconteça na nossa aventura. Um dos exemplos que dou é o mundo 1-1 onde o Boss está mesmo no início atrás de um portão, mas para abrir esse portão é preciso dar a volta toda nessa zona.
Eu não digo que isto seja castigar o jogador mas sim fazer com que se aprenda com os erros. O jogo é desafiante sim, mas à medida que vamos morrendo vamos aprendendo as movimentações dos inimigos. Eu morri várias vezes, mas no meu NG+ passei a Prison of Hope em Tower of Latria à primeira sem morrer uma única vez, e este é um dos níveis mais complicados do jogo porque é um atêntico labirinto dentro de uma prisão com corredores estreitos onde para passar por um inimigo só há uma solução, matá-lo.
Outro aspecto que gosto neste tipo de jogo é o co op, podem sempre passar os níveis com ajuda de alguém. Para isso, precisam de estar em Body Form e chamar alguém para vos ajudar. Alternativamente, se estiverem mortos e ajudarem outros jogadores a derrotar um boss faz com que fiquem vivos.
Agora uma das coisas que me faz imensa confusão neste Demon’s Souls e que já fazia parte do original é o World Tendency. Quanto mais negro ele for mais o jogo fica difícil. Ou seja, se morrerem várias vezes em Body Form num dos mundos ele vai ficando mais negro, se chegar a Pure Black o jogo fica bem mais complicado, isto também funciona no Character Tendency, que se altera se começarem a matar npcs que não devem ou a matarem outros jogadores. Resumidamente, tentem não morrer em Body Form porque quanto mais morrerem, pior o jogo fica. Aconselho mesmo a passarem o jogo sempre em Soul Form. Uma dica, se morrerem no Nexus a tendência não muda.
Este jogo pode não ter os melhores bosses da saga mas há bosses mesmo lindos como Penetrator, Tower Knight, Flamelurker, Dragon God, Old Monk e até mesmo a Maiden Astraea.
Demon’s Souls será sempre um jogo que fará parte da minha vida como gamer.
Jogabilidade - 90%
Gráficos - 90%
Banda Sonora - 90%
Longevidade - 80%
88%
O mundo de Boletaria está muito bem recriado neste remake. Gostei imenso de como a BluePoint fez a recriação deste jogo, tudo neste mundo é lindo e roça a perfeição. Desde a jogabilidade fluída e suave, passando pelos gráficos que ganharam uma nova vida e até à banda sonora que é soberba neste jogo.
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