Análise – Layton’s Mystery Journey: Katrielle and the Millionaires’ Conspiracy – Deluxe Edition

É um jogo de mistério e puzzles que, ao contrário dos outros títulos, traz uma nova protagonista, a filha de Professor Layton. Katrielle acaba de abrir a sua Agência de Detetive em Londres quando é abordada por um cãozinho amnésico que fala. Ao mesmo tempo, desaparece um dos ponteiros do relógio da Torre do Big Ben e é aqui que surge o primeiro caso. Acompanhada do cão Sherl e do assistente Ernest, Katrielle precisa da nossa ajuda para resolver os vários casos e puzzles.

Cada caso tem várias partes: a procura das pistas com a lupa numa divisão ou paisagem, questionar as testemunhas e, entre uma e outra, os puzzles principais que ajudam a progredir no caso, e os secundários, com Ernest ou Sherl, apenas para ganhar pontos.

É fácil de jogar e é intuitivo, mas não se admirem se não perceberem de início o que os quebra cabeças pedem. Os puzzles são cheios de rasteiras e quase sempre ambíguos, sendo sempre necessário ver para além do que é pedido em cada um deles. Muitas vezes o que poderá tornar o puzzle "difícil" é a forma como está fraseado. Quando se acerta à primeira, ganha-se a totalidade dos pontos Picarat e a quantidade vai diminuindo a cada erro.

Ao fim de algumas jogadas, é possível desbloquear os puzzles diários: são mini-puzzles que se podem baixar para jogar mais tarde, sendo que há 15 por dia e é possível baixar um total de 365. São puzzles mais simples e que conferem alguma longevidade ao jogo, para além do final.

 Existem no jogo vários tipos de pontos. Museum Points servem para adquirir itens de jogos anteriores da séries, sob a área Layton Museum, e ganham-se a resolver puzzles diários. Farthings servem para adquirir roupa e acessórios para a Kat. Picarats são os pontos ganhos no jogo principal que serão mais tarde usados para desbloquear itens no menu Top Secret! Para saber o que se obtém lá, o melhor mesmo é jogar!

A arte gráfica do jogo é um ponto forte; os belos gráficos em harmonia com a banda sonora aguçam ainda mais o ambiente misterioso. Fez-me lembrar uma série de desenhos animados dos anos 90, A Alice no País das Maravilhas, pelo tipo de humor da história e das idiossincrasias de algumas personagens.

Somos guiados ao longo do jogo pela busca pela resolução, mas por vezes os casos não são tão apelativos e os puzzles tornam-se mais interessante. Ainda assim, os casos são bastante satisfatórios.

Um dos pontos que considerei negativo foi, por vezes, o excesso de narrativa/diálogo entre puzzles, que nem sempre era relacionado com o caso e me punha um bocado impaciente. Além disso, certos casos eram mais desinteressantes e o meu foco passava todo para os puzzles.

Layton’s Mystery Journey é um jogo desafiante e divertido, recomendado a miúdos curiosos e quem gosta de quebra cabeças. Apesar de ser single player, é um jogo engraçado para se jogar com um pequeno grupo. Porém, é pena não estar disponível em português, porque abriria a possibilidade de miúdos mais novos jogarem.