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Análise – SHADOW OF THE COLOSSUS

Doze anos depois do seu lançamento original e seis anos após o lançamento da versão HD, eis que Shadow Of The Colossus é mais uma vez “remasterizado”. Mas ao contrário do que aconteceu em 2011, o jogo recebeu mais do que apenas um aumento de resolução e definição, ficando com um visual mais moderno, quando comparado com os mais recentes títulos.

A PlayStation 2 é a minha consola favorita, e o facto de Shadow Of The Colossus ser um dos meus jogos favoritos de sempre, poderá fazer com que o jogo pareça mais do que realmente é. A história é muito básica: Um rapaz tenta salvar uma rapariga. A história existe, mas é minimalista. Bem, na verdade, todo o jogo é minimalista. É uma das suas qualidades, onde temos uma terra vasta que podemos explorar com o nosso fiel companheiro Agro. Mas para salvarmos a rapariga, temos que derrotar os colossos que vagueiam neste sítio amaldiçoado.

A jogabilidade não mudou, pelo melhor e pelo pior, por isso os puristas podem ficar bastante contentes. Funciona tudo igual à versão original, apenas mudando aspectos superficiais, como o mapa ser agora no Touchpad. E para quem tem dotes fotográficos, esta versão inclui um modo fotografia, em que podemos manobrar as cores, filtros, etc., de forma a mostrar a beleza deste jogo. E já que estamos em tema de beleza, a versão original tinha um aspecto muito próprio, meio desertificado, abandonado e decadente. Mas com o novo visual, o deserto ficou mais desertificado, mas certas paisagens ganharam vida, sendo que esta versão, visualmente, é a melhor das três. Existem paisagens que realmente se tornaram em paraísos insulares. E visto que Fumito Ueda, o criador original, ajudou nesta reconstrução visual, é de facto visível o quão rico ficou as planícies, florestas e lagos, deste pequeno pedaço do universo que a Team Ico aqui criou.

Tal como tinha escrito anteriormente, a jogabilidade ficou intacta. Da mesma forma, ficaram os problemas da câmara cinemática que teima em seguir um rumo que não o escolhido, e consegue ser a maior inimiga do jogo. Mas nada que deite a experiência abaixo, pois SotC é um jogo que brilha pelo seu design e jogabilidade, que brilham fortemente nesta versão. A jogabilidade é, e sempre foi, o ponto forte do jogo, e continua fresca, mesmo tendo sido ampliada, de certa forma, por títulos como o mais recente The Legend of Zelda. O facto da personagem ter várias acrobacias, armas e grandes trechos desertos, mostra a inspiração que Breath Of The Wild retirou deste título.

Mas se a jogabilidade é o ponto forte, a sua banda sonora eleva ainda mais este jogo. Temos grandes planícies e desertos acompanhados de sons do vento, animais ou duma cascata numa paisagem secreta dentro de um vale. Mas quando a batalha se inicia, a orquestra salta para o primeiro plano, acompanhada pelos sons galopantes de Agro e pelos passos assoberbantes de cada colosso à nossa frente. A sensação de ser incapaz derrotar o monstro dá lugar à esperança e coragem, quando adjunta da magnífica composição orquestral. É uma das razões porque tanto gosto deste título, e foi gratificante poder revisitar estes momentos.

O jogo tem uma longevidade muito relativa. Aos velhos fãs da série, podem contar com algumas novidades para prolongar a jogabilidade, como por exemplo desbloqueio de arte conceptual, entre outros itens, de forma a terem muita coisa para passar o tempo. Mas os colossos são os mesmo desde há doze anos, e pouco mudou. Já para os novatos da série, a parte fundamental do jogo é encontrar o colosso e descobrir como o derrotar. E se gostam de puzzles associados a jogos de acção/aventura, então irão adorar descobrir como ultrapassar os vários obstáculos que o jogo vos apresenta.

Foi muito interessante revisitar este capítulo que a Team Ico criou, e que a Bluepoint Games renovou, dado que o novo visual dá uma nova cara ao jogo, sem retirar qualquer tipo de qualidade do mesmo, arriscando até escrever que melhorou o jogo no aspecto visual, principalmente pela forma que alguns locais ganharam uma nova vida, após terem sido amplamente refeitos. O preço poderá ser um dos pontos contra a aquisição desta versão, considerando que o jogo é basicamente o mesmo, ainda que tenha alguns extras para prolongar a sua longevidade, e esta versão é a melhor das três.

Concluindo, esta nova cara do jogo faz com que chame novos jogadores e o facto da jogabilidade permanecer praticamente igual, faz com que os velhos fãs da franquia não se sintam excluídos. No entanto, fora a renovação visual, o jogo oferece poucas coisas novas. Têm alguns itens para desbloquear, arte conceptual, alguns modos de jogo, mas no geral pouco foi adicionado. Ainda assim, é altamente recomendável para os fãs, e para quem goste de jogos de aventura, principalmente para quem gosta do tipo de histórias que envolvam algum tipo de “David e Golias”. E no final de contas, esta é a melhor versão de Shadow Of The Colossus.

█ F.S.

 

 

As imagens aqui disponíveis podem conter spoilers

SHADOW OF THE COLOSSUS estará disponível para a PlayStation®4 a 6 de Fevereiro de 2018. Para mais informações, visita o website oficial.

Doze anos depois do seu lançamento original e seis anos após o lançamento da versão HD, eis que Shadow Of The Colossus é mais uma vez "remasterizado". Mas ao contrário do que aconteceu em 2011, o jogo recebeu mais do que apenas um aumento de resolução e definição, ficando com…

SHADOW OF THE COLOSSUS

Jogabilidade - 95%
Gráficos - 90%
Som/Banda Sonora - 95%
Longevidade - 75%

89%

Muito Bom

Apesar do jogo já ter doze anos, ainda tem uma jogabilidade única, ao ponto de ainda se destacar entre tantos outros títulos. Associada com esta renovação visual, o jogo ganha uma nova vida, de forma a chamar novos jogadores para este universo único, e interligado, que a Team Ico tem criado estes anos todos. Um título único e altamente recomendável.

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Filipe Silva
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One comment

1 Pings/Trackbacks for "Análise – SHADOW OF THE COLOSSUS"
  1. […] ter existido mais esforço por da Capcom, principalmente na parte visual, quando temos jogos como Shadow of The Colossus (2018) que têm a parte visual toda refeita de forma magnifica e que dá uma nova vida à série. O jogo […]

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