Mais um novo Fire Emblem surge na Nintendo 3DS, após a tripla entrada de Fire Emblem: Fates não há muito tempo atrás, ao qual não me pareceu muito entusiasmante na altura. No entanto, embora Fire Emblem Echoes: Shadows of Valentia tenha começado com alguma cautela, fiquei impressionado com o resultado que encontrei nesta entrada à série de Fire Emblem.
Começando pela história, o jogo foca-se numa dupla de protagonistas, Alm e Celica, que são amigos de infância que entraram numa guerra que consumiu os reinos de Rigel e Zofia, no continente Valentia. Embora só tenha jogado até agora o primeiro acto da história, o jogo deixou-me curioso para conhecer não só as dezenas de personagens que surgem, cada um com uma história por contar, mas também o mundo de Valentia em si, cuja história segue por milhares de anos de hostilidade entre 2 reinos que seguem fés e valores bastante diferentes.
Fire Emblem para mim é facilmente reconhecível pela sua junção de elementos RPG num sistema de batalha estratégico, onde o posicionamento das unidades é tão importante quanto as suas habilidades e forças.
As batalhas ocorrem por turnos, onde cada unidade tem a oportunidade de se mover no terreno e atacar um inimigo se tiver próximo o suficiente.
Tanto os stats das personagens como o item que estiverem a segurar e o terreno em que estão têm um impacto notável nas batalhas, mas chamou-me à atenção a forma como as personagens podem aprender habilidades à medida que ficam mais fortes, ao invés de equiparem uma variedadade de armas a usar conforme necessário, e a forma como a magia tem um impacto mais forte que os jogos anteriores, sendo que o jogador sacrifica algum HP (Health Points) para fazer uso de certas magias. Para além disso, o jogo fornece uma mecânica de “Timeturner”, que permite o jogador recuar no tempo de forma limitada e corrigir os seus passos.
O que mais me impressionou nas mecânicas do jogo foi a possibilidade de explorar, de certa forma, o mundo de Valentia, ao qual não pensei alguma vez ver num jogo Fire Emblem até me deparar com essa possibilidade neste jogo. Fire Emblem Echoes oferece um caminho linear num mapa para o jogador avançar e cruzar com inimigos, em vez de saltar de uma batalha para outra diretamente. Isto, por sua vez, leva-nos a explorar vilas e castelos num estilo point-and-click, para conversar com personagens e encontrar itens no chão, assim como explorar cavernas e masmorras num ambiente 3D. Embora estas áreas, pelo que vi, tenham sido ligeiramente vazias, foi um salto refrescante das batalhas estratégias, fornecendo uma sensação de aventura mais agradável do que apenas saltar entre batalhas. Dentro destes ambientes 3D, podemos também encontrar inimigos, tendo a oportunidade de os atacar e iniciar uma batalha com uma ligeira vantagem, o que beneficia ainda mais o conceito de estratégia pretendido.
O trabalho de som e voice acting completo nos diálogos beneficiaram bastante a narrativa, fortalecendo a personalidade de cada uma das personagens. Momentos cinemáticos como a introdução de Berkut e Ridea, cujo som e arte fortaleceram de forma excelente a narrativa.
Jogo analisado por Bruno Silva
Jogabilidade
Gráficos
Som / Banda Sonora
Longevidade
De uma forma geral, Fire Emblem Echoes: Shadows of Valentia não é um jogo incrivelmente inovador. Mas apesar de algumas criticas técnicas, é um jogo bastante divertido e mostrou ser um passo em frente para o futuro da série.
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