Nesta nova aventura, Yoshi, juntamente com Poochy, descobre um novo mundo da lã. Mas será que este tema rejuvenesce uma série antiga, tendo em conta a versão da Wii U?
Este título Yoshi vem numa altura esquisita, um pouco enevoada pelo lançamento da nova Nintendo Switch, e como irá a Nintendo lidar com duas consolas portáteis. E ainda existe uma incerteza sobre o futuro da 3DS, se irá ser colocada de lado pela empresa, tal como aconteceu no terrível caso da PlayStation Vita, que infelizmente morreu depressa.
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Mas abordando o jogo, Yoshi apareceu pela primeira vez em 1990, sendo que apenas iria ter um jogo protagonizado em 1995, em Super Mario World 2: Yoshi’s Island. Vinte e dois anos depois, a Nintendo junta outra vez Poochy e Yoshi, numa aventura cheia de lã. O original, que saiu em 2015, continuaria o tema de lã, que era precedido por Kirby’s Epic Yarn, sendo que este tinha apenas uma linha de lã, ao passo que Yoshi tem as suas personagens como se fossem vários novelos tricotados. Este port retira o co-op do original, talvez por razões técnicas, pois a 3DS costuma ter excelentes conteúdos com vários jogadores, e esta era uma óptima oportunidade para tal. Mas ainda assim, o jogo consegue ser divertido e dá a vontade de voltar sempre ao jogo, tanto que o tenho tido sempre activo na 3DS, mesmo quando não a estou a usar.
As mecânicas estão a um nível de perfeição que torna o jogo simples, fácil de perceber e bastante intuitivo, mas isso já não é novidade. Yoshi move-se depressa, consegue saltar e aguentar-se no ar durante poucos segundos, dando oportunidade de evitar aqueles poços fundos que nos tiram o juízo. No entanto, é preciso sempre algo mais para deixar os jogadores agarrados, e este novo Yoshi tem um certo charme que nos deixa empolgados.
O jogo tem ajudas, tais como o Mellow Mode, onde o jogador recebe um par de asas e três filhotes de Poochy, que servem como os novelos de lançamento e mostram pontos de interesse, que nunca saem do lado de Yoshi. Já para os jogadores mais familiarizados, têm sempre o Classic Mode, que tal como o nome indica, é a jogabilidade original, presente desde a primeira iteração de Yoshi. Estes dois modos podem ser alterados a qualquer altura do jogo, sem menus pelo meio.
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Tem também emblemas, que podemos “comprar” com as gemas que apanhamos pelo decorrer da nossa aventura, que são utilizadas unicamente como moeda no jogo. Estes emblemas servem como power ups, que nos fazem imunes a um certo tipo de perigo, nos fazem passar um nível (sem receber quaisquer flores, novelos, materiais e corações) ou até mesmo utilizar Poochy como ajudante. Tal como os modos de jogo, podem escolher a qualquer altura do nível.
O ambiente do jogo, como já podem ter adivinhado, é inteiramente feito de lã. E esse isso dá a oportunidade à produtora, Good-Feel, de poder inovar um pouco e fazer os fundos de jogo totalmente interactivos, dando a possibilidade de esconder coleccionáveis nos recantos mais inalcançáveis, que muito das vezes apenas descobrimos por acaso. E isso pode ser um pesadelo para os jogadores que adoram completar a 100% qualquer jogo que tenham. Ou um excelente desafio.
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Desenvolvendo o tema fulcral do jogo, Yoshi pode-se tornar nos mais diversos objectos, passando por um Yoshi gigante(possivelmente uma referência a Mario e/ou a Godzilla), uma mota, e até um guarda-chuva, sendo que estes níveis estão numa secção de cada mundo que desbloqueiam, dando um toque fresco à jogabilidade e a forma como progridem.
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Temos seis mundos, com oito níveis normais cada um, e um nível especial, que acaba por ser apenas um modo desafio. Estes níveis especiais podem ser muito frustrantes, mas não impedem na progressão do jogador, sendo que apenas podem ser desbloqueados através da acumulação de flores. Logo, não peca por serem difíceis, pois são um bónus e não o núcleo do jogo, que consegue ser divertido e minimamente desafiante. Para os jogadores que apenas querem jogar o jogo, sem se preocupar com extras, os níveis normais são bons na mesma, deixando uma satisfação após completar, principalmente na parte final do jogo, onde a dificuldade acresce um pouco, sendo que não há preocupações com vidas infinitas.
Os níveis têm charme, que pessoalmente adoro, e um design muito original, dando uma personificação muito própria e que os distingue dos níveis comuns de Mario, nomeadamente as secções onde Yoshi se transforma. Mas se os níveis recebem grandes elogios, os inimigos já ficam um pouco atrás. Para quem conhece Yoshi’s Island, vai reconhecer os inimigos e bosses do jogo de longe. Ainda que sejam necessárias diferentes tácticas para derrotar os mesmos, que recebem algumas mudanças, as alterações ficam-se por aí. Para quem é novo na série, vão gostar, sendo que quem já conhece e gosta da série, como eu, estaria à espera de algo mais, principalmente com o tema de lã e possíveis aplicações nos bosses, além de que temos que derrotar o mesmo boss várias vezes, mesmo que sejam de maneiras diferentes.
Mas isso não implica que é um jogo repetitivo, nada disso. Este é um dos jogos mais bonitos e interessantes na consola, e poderá bem ser um dos melhores. E juntando ao jogo principal, temos o modo Poochy Hut, onde controlamos exclusivamente Poochy através de níveis, apenas disponíveis neste modo, tentando encontrar os seus filhotes, e após completar uma vez, recebemos missões propostas. Caso apanhemos uma flor no final de um nível de Yoshi, podemos ainda entrar na GOLD RUSH! e apanhar o máximo de gemas possíveis.
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Temos também Yoshi Hut, onde podemos escolher o visual de Yoshi, seja pelos novelos que vamos recolhendo pelos níveis, desbloqueando cores, quer seja pelo modo onde desenhamos o nosso próprio novelo. E de imediato, escolhemos a maneira fácil, onde temos padrões predefinidos e podemos alterar o esquema de cores, ou a maneira Profissional, onde podemos desenhar qualquer parte de Yoshi da forma que a nossa imaginação quiser. Eu tentei aplicar um novelo de Homem-Aranha, e acho que resultou muito bem, mesmo tendo feito ao calhas e em menos de cinco minutos, o resultado é muito entusiasmante e pode até dar horas de diversão a quem realmente gosta deste tipo de conteúdo. E podem partilhar através do StreePass.
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Temos também o Scrapbook Theatre, lugar este onde podemos ouvir a banda sonora do jogo, que é bastante ecléctica variando entre música ambiente e rock; ver um inventário de inimigos e as suas animações (sem direito a explicação do quer que seja); e vídeos de animação stop-motion de Yoshi e as suas aventuras de lã, mas são necessários 31 dias para desbloquear todos os vídeos, tendo cada um 24h de bloqueio sem motivo algum, e podem responder acertadamente às perguntas sobre o vídeo anterior recebendo 500 gemas de recompensa. Existem mais desbloqueáveis, mas esses devem ser descobertos por quem tiver a oportunidade de chegar ao fim do jogo.
Basicamente, o que não falta neste jogo é conteúdo para diversão e entretenimento. E isso é o que realmente queremos, diversão. Ainda assim, acho que o jogo podia inovar muito mais, mas não é por isso que o jogo é mau ou até mediano, muito pelo contrário, é um excelente título que traz imenso ao jogador, desde conteúdo e horas de diversão proporcionadas, Poochy & Yoshi’s Woolly World vale muito a pena ser jogado. Acho que é um título obrigatório para o fãs da consola e da série, que parece ter sido feito de raiz, e não apenas um port. Altamente recomendado!
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█ F.S.
Jogabilidade - 90%
Gráficos - 96%
Som/Banda Sonora - 85%
Longevidade - 90%
90%
Excelente
Apesar de ser um port do título de 2015, Poochy & Yoshi's Woolly World parece ter sido feito para 3DS, com mais conteúdo e funções, apenas a falta de modo co-op o grande ponto negativo do jogo e retirando assim o título de edição definitiva. Muito divertido e altamente recomendado!
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