Metal Gear Solid. Aclamado por muitos como uma obra-prima. Por outros, um filme do mais aborrecido possível, principalmente com aquelas conversas antinucleares e o camandro…mas vamos por partes. Para quem ainda não jogou Metal Gear Solid…epá, não perdem nada, sinceramente, mas vá, fica um aviso de espoileres ou lá o quê.
O jogo começa com uma conversa num submarino, mas aborreci-me com aquilo e passei à frente. Depois, lá chegamos a uma espécie de cais e então, conversamos com um coronel ou soldado. Não sei bem, o meu inglês é meio fracote. E aí deparo-me com o meu primeiro problema, não tenho armas nenhumas. Ora, se estou num jogo de guerra, armas, bazookas e pew pew pew, ONDE RAIO PARAM AS ARMAS, PÁ? É que assim não, pá. Dizem-me que este jogo é bom e tal, e nem uma M4, para começar com os meus headshots e quicksopes? Mas quié isto? 1998?
Mas pronto, lá consigo passar o primeiro nível, com muito esforço e combos à Streets Of Rage naqueles guardas de branco, que mais parecem ter saído de um videoclipe dos Backstreet Boys. Continuando, chego a um nível com um helicóptero, que de repente se vai embora, e depois começa uma conversa secante de como funciona o radar, que descobri como funcionava há minutos atrás quando passei o primeiro nível. Realmente, este jogo é uma obra-prima, sem dúvida. Adiante, lá arranjei umas granadas de confettis e uma SOCOM, uma pistola toda catita. Disparo para um guarda, faz uma barulhão tremendo e a base fica em alerta. Epá, para isto, tinha ficado a jogar Unreal, que posso disparar as minhas armas à vontade sem me preocupar com alertas.
Finalmente, chego a uma área com tanques e fiquei logo contente, sabia que ia poder conduzir um e destruir esta base por completo. Mas quando dirigia-me para os tanques, os guardas ouviram-me a correr num chão de latão ou alumínio, e recebi o meu trigésimo Game Over, que por esta altura já fico farto de ouvir sempre alguém a gritar “Snake! Snake! SNAAAAAKE!!”. Já cansa, ó velhote…E então, depois de conseguir passar o chão barulhento, não é que não dá pra conduzir estes tanques? Então mas para que é que eles estão aqui se não é para o jogador usá-los? Gastaram pixéis e memória para por tanques no jogo, e nem poder usá-los podemos. Bah.
Chego a uma cela, e ao que parece tenho que falar com um preso qualquer, chamado DARPA. Rico nome…bem, lá consigo passar numas condutas e começa o filme outra vez. Passo à frente, e lá vai outra vez para o telemóvel fazer a chamada. Este jogo tem chamadas de telemóvel até dizer chega, até parece que alguém passa assim tanto tempo a falar ao telemóvel hoje em dia, não sabem o que é uma SMS? Muito mais eficaz e não preciso de ficar a ouvir alguém a tagarelar.
Depois de uma conversa tremenda com um guarda que tem voz de mulher, lá passamos a secção com mais acção. Temos que derrotar três guardas. Disseram-me que o jogo tem vista de primeira pessoa, e realmente tem, mas não consigo disparar desta forma, o que irrita pa caramba. Começo a disparar para tudo o que é lado, derrotando os guardas, mas aparecem mais três, depois mais três e mais uns quantos, que depois deixei de contar. Depois de umas quantas granadas e tiros, derroto todos os guardas e passo à fase seguinte. E deparo-me com alguém nu, pixelizado, e numa posição muito esquisito. Epá, realmente estes jogos japoneses, são muita esquisitos, irra!
Mas adiante, encontrei uma espécie de armazém, cheio de granadas e armas (ou balas, não sei bem) e uma coisa chamada C4. Parece-me a ser uma daquelas bombas à James Bond, que se cola em qualquer lado. Acontecem explosões e encontro o primeiro boss. E chama-se Revolver Ocelot, que diga-se de passagem é dos nomes mais foleiros que já vi, e parece que estou a ver o filme “O Bom, o Mau e o Vilão” outra vez… Sendo muito fácil de derrotar, lá acabo com o gajo e não é que ele fica sem uma mão por causa de um ninja? E isso aconteceu porque não passei a cena à frente. Foi aí que me apercebi que se calhar devo ver estas cenas de acção com mais atenção. Se calhar não são assim tão más como isso.
Chego ao local dos tanques, mas agora apenas tem um, o que achei esquisito, até porque eu não consigo usar nenhum. Mas nem me importei, já que não o posso usar…mas fiquei sem saber o que fazer. Andei para trás e para a frente, matei montes de guardas e nada. Tive que pausar o jogo e ir ao Google procurar o que fazer. Ao que parece, só tinha que ver qual era o número que estava atrás da caixa do jogo, para falar com uma gaja qualquer, Meryl ou assim. É por isto que prefiro os jogos de hoje em dia, dizem-me tudo e assim não preciso sequer de pensar nem de procurar por soluções.
Telefono à mulherzinha e ela abre uma garagem mais pequena. Mas mal entro, a porta fecha e começa a sair um gás qualquer. Morro, faço CONTINUE e acontece o mesmo. Três vezes. E aqui desisto, mesmo com uma ninja todo futurista, um helicóptero e não sei quê, não consigo acabar este jogo. É maior que um filme, é mais aborrecido e quase não tem armas nenhumas. Não tem piada nenhuma, não gostei nada.
No dia a seguir, um amigo meu diz-me que tenho que usar uns cigarros, para ver uns lasers vermelhos, senão não consigo passar aquela secção. Eu já não queria saber mais daquilo pra nada. Até que ele diz-me que devia ter jogado o Metal Gear Solid: The Twin Snakes, que tem melhores gráficos, menos conversas e as cenas de filme são melhores, com saltos à Matrix, câmara lenta e tudo. E podia fazer headshots na vista de primeira pessoa.
Ao qual respondi eloquentemente: “AAAHHHH PÁ, F***-SE!”.
█ F.S.
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