Menu

Análise – Mario Party: Star Rush

Já saiu um novo Mario Party, a juntar ao catálogo da série icónica do canalizador mais famoso do mundo, e já o jogámos. Mas ficámos confusos com algumas decisões por parte da Nintendo.

O jogo começa com apenas um amostra de minijogos, galeria e Toads ao Molho, o modo que tenta vender o jogo, por assim dizer. A mecânica central do jogo é termos de fazer level up e desbloquear novos modos de jogo, sendo que existem 9 no total, assim como personagens, e músicas.

Toads ao Molho é um jogo de tabuleiro onde jogamos como toads, e percorremos à nossa vontade, o que é excelente, encontrando moedas, bosses e até personagens conhecidas, tendo como objectivo principal salvar as estrelas, onde também podemos utilizar itens que ajudam-nos e/ou prejudicam os outros, óptimo para para colocar armadilhas aos nossos adversários. Existem vários mundos e vários níveis dentro dos mesmos, com 15 mapas ao todo, o que dá uma variação ao modo em si, nunca sendo igual e obtendo uma experiência diferente cada vez que jogamos. Mas penso que será necessária um refinação, pois quando jogava os dados, normalmente saía apenas a face 1 e a face 2 maioritariamente, o que consegue ser um bocado frustrante durante todo o jogo. Mas para balançar um pouco a coisa, mesmo que fiquemos para trás e nunca apanharmos as posições dos bosses, podemos sempre “correr” até ao boss e combater o mesmo. Sim, estamos em desvantagem, mas é melhor que perder todas as estrelas. E caso não fiquemos em primeiro lugar, podemos sempre ganhar moedas, que no final das rondas, são trocadas por estrelas (10 moedas equivalem a 1 estrela). Os jogos podem demorar entre 10 a 30 minutos, o que consegue ser aceitável, pois não se torna demasiado longo.

Moedatlo foi o meu favorito nesta experiência. É um modo que incorpora um tabuleiro e um jogo de corridas, em que ganha o primeiro que passar a recta final, sendo que é necessário acumular moedas para avançar nas casas. E lá no meio, aparecem bosses para enfrentar. Escolhemos uma das personagens que temos desbloqueadas e começamos os desafios. O conceito é muito diferente e por si só mais original e entusiasmante do que os outros, porque estamos constantemente a jogar e menos vezes a olhar para um tabuleiro, o que torna estes jogos rápidos e constantes, o que por vezes é o que falta aos outros modos. Mas nem por isso é mais fácil, pois chegar ao fim de todos os desafios não é “pêra doce”, podendo ser mesmo um grande desafio de ultrapassar, principalmente se encontrarem jogos que possam ser difíceis.

O modo Papa-balões é parecido com Toads ao Molho, em que o objectivo é apanhar estrelas e também jogamos num tabuleiro, mas difere na forma de jogar, pois temos três tipos de balões: os balões de 5 moedas, balões de 10 moedas e balões de n estrelas (n varia entre 1 e 3 estrelas). Os balões de moedas servem para abrir caminho aos minijogos, e caso numa ronda sejam apanhados dois balões de moedas, temos uma ronda dedicada a uma batalha de boss. Podemos também escolher entre 10, 20 e 30 rondas em cada jogo.

Mas o mesmo problema do dado mantém-se, normalmente sai apenas a face 1 e a face 2, sendo que neste modo é mais difícil recuperar, pois o ponto fulcral é apanhar os balões de estrelas, e isso pode ser muito complicado com a maioria das jogadas serem 1 ou 2 casas no tabuleiro, e tal como no Toads ao Molho, existe a Febre de Estrelas, que acontece ao adquirirmos mais do que 5 estrelas, daí o nome do jogo. Basicamente, este modo depende muito da “sorte” do jogador e menos da habilidade do mesmo, podendo ser o melhor do jogo e ainda assim perder, o que torna-o frustrante, principalmente para crianças que é a maioria do público-alvo deste jogo.

E isso torna-se mais claro com a inclusão do modo Recital Rítmico, um modo extremamente básico e, por vezes aborrecido. Tal como o nome indica, é um jogo de ritmo, onde podemos utilizar as músicas da série Super Mario. E pouco mais se pode referir a este modo.

Gamão do Mário(1 ou 2 jogadores) é um modo completamente diferente dos outros, mas que mantém a filosofia de “jogos de tabuleiro”. O jogo consiste numa versão simplificada do gamão, onde temos três pistas, e podemos escolher três personagens. Após a decisão de quem joga primeiro, os jogadores lançam dois dados, podendo escolher a personagem que querem utilizar e o número de casas. Este modo foi um dos que gostei mais, mesmo apesar de ser sempre as mesmas pistas, o que é de lamentar porque parece que foi apenas um modo para “encher chouriços”, ainda consegue ser um jogo divertido.

Puzzle do Bu(1 ou 2 jogadores) não é complicado, mas também não é demasiado fácil, o que torna um bom passatempo. O objectivo principal deste modo é fazer o máximo de linha horizontais e verticais de cada cubo, sendo que podemos alterar os números dos mesmos. É engraçado, mas vai acabar por ser sempre o mesmo após algum tempo, ainda que exista variação de dificuldade. Ainda assim, está bem implementado e com um toque original da saga Super Mario.

Torre de desafio(1 jogador) é um modo original, em que temos que escalar uma torre e evitar faíscas, mas através de pistas de localização. É também um ponto forte e, apesar de ser para apenas um jogador, parece prolongar a experiência de Mario Party para quem joga sozinho. Os mapas em si não variam muito, mas não precisam, pois o modo em si coloca faíscas de maneira aleatória, o que é o suficiente para ser uma experiência diferente cada vez que se joga, tornando-se bastante viciante, ainda para mais com vários graus de dificuldade.

Minijogos concentra todos os minijogos que desbloqueamos ao jogar os outros modos, batalhas com bosses e com o Bowser. Se quiserem uma experiência mais fluída, sem grandes alaridos e ter uma sensação mais arcade, este modo é o ideal, pois podem juntar-se com amigos e saltar logo para a acção.

Galeria é isso mesmo, uma galeria onde podemos explorar os modelos 3D de cada personagem presente no jogo. Contém também uma sinopse de cada personagem, o que dá mais algum contexto à história de cada personagem. Podem também ver em que minijogos a personagem aparece.

Mas e depois disto tudo, o jogo é bom?

O jogo é muito divertido naquilo que faz, e fá-lo bem, mas como havia sido referido anteriormente, há detalhes que precisam ser afinados, e em alguns casos balançar as percas com as vitórias, pois este jogo consegue ser frustrante em algumas partes. Os gráficos não são nada de novo, sinceramente. É verdade que não necessitam de ser espectaculares para a jogabilidade ser divertida, mas algo diferente só ajudava a série. E o mesmo acontece com a banda sonora, que não é má por si só, mas passa um pouco ao lado.

O multijogador é apenas local, e isso é um ponto muito negativo. Principalmente com a aplicação adjacente Mario Party: Star Rush – edição Party Guest, onde qualquer pessoa que possua esta aplicação e conheça alguém com a versão integral do jogo, podem jogar em conjunto. E em 2016, é muito confuso e incompreensível haver jogos multijogador, que funcionam bem, sem online. Sou defensor do multijogador local, mas isto é um detalhe que faltou na consideração da Nintendo. Este tipo de jogo seria excelente para jogar através do online, porque nem todos conseguem arranjar amigos/conhecidos para jogar este tipo de jogo. Se a 3DS não “morrer” tanto cedo, espero que a Nintendo considere estes pontos para o próximo título.

Mario Party: Star Rush já está disponível na Nintendo eShop.

Já saiu um novo Mario Party, a juntar ao catálogo da série icónica do canalizador mais famoso do mundo, e já o jogámos. Mas ficámos confusos com algumas decisões por parte da Nintendo. O jogo começa com apenas um amostra de minijogos, galeria e Toads ao Molho, o modo que…

Mario Party: Star Rush

Jogabilidade - 80%
Gráficos - 70%
Som/Banda Sonora - 60%
Longevidade - 70%

70%

Mediano

O jogo tem excelentes ideias, mas peca, e muito, pelas execuções em alguns pontos. Tem bons modos de jogo, mas outros parece que apenas estão lá para não parecer muito vazio. É verdade que o jogo está feito para o consumo rápido, mas é necessário dar algo mais do que 5 minutos de diversão. Além de que a longevidade perde muito pelo facto de não ter online. Ainda assim, consegue ser muito divertido.

User Rating: Be the first one !
Filipe Silva
Aborrece-me:

Sem Comentários

Deixe um comentário

Segue-nos no Instagram

This error message is only visible to WordPress admins

Error: No posts found.

Make sure this account has posts available on instagram.com.

Junta-te a nós no facebook

Vídeo em destaque

30 minutos de Jogabilidade

MOSH BITAITES

Próximos Lançamentos